um bafo...
Inspiro, travo…levito… deixo o meu corpo sem vida e voo para o infinito…
A cada bafo que damos voamos para um novo mundo, um mundo pequeno e acolhedor, um mundo só nosso, um mundo que mais ninguém conhece… Um mundo onde podemos andar eternamente de baloiço, onde podemos voltar a brincar na lama, um mundo onde podemos sorrir sem ser presos…
Sorrimos juntos à parva! Um simples olhar pode despoletar uma reacção de gargalhadas em cadeia, como se fosse o rastilho para todas as sensações e reacções escondidas e censuradas no mundo dos homens… um escape…
Paro anestesiado a olhar para a lua… subitamente abraço todos os meus amigos e não os largo… nunca os largo…
Encosto-me suavemente…
Uma paz de espírito à muito não sentida invade-me a alma…
Expiro…
Numa longa noite que nasceu com o “sunrise”, continuou com o sabor a pipocas de um gole de porto e que nunca vai terminar… eternamente guardado em sorrisos trocados e gargalhadas perdidas pelos recantos escuros desta negra cidade que é Coimbra. Caminhamos juntos a invocar velhos sonhos e desejos… reprimidos, talvez, mas nunca esquecidos…
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
(…)
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
António Gedeão
Os problemas não acabam, mas pelo menos desaparecem…
A cada bafo que damos voamos para um novo mundo, um mundo pequeno e acolhedor, um mundo só nosso, um mundo que mais ninguém conhece… Um mundo onde podemos andar eternamente de baloiço, onde podemos voltar a brincar na lama, um mundo onde podemos sorrir sem ser presos…
Sorrimos juntos à parva! Um simples olhar pode despoletar uma reacção de gargalhadas em cadeia, como se fosse o rastilho para todas as sensações e reacções escondidas e censuradas no mundo dos homens… um escape…
Paro anestesiado a olhar para a lua… subitamente abraço todos os meus amigos e não os largo… nunca os largo…
Encosto-me suavemente…
Uma paz de espírito à muito não sentida invade-me a alma…
Expiro…
Numa longa noite que nasceu com o “sunrise”, continuou com o sabor a pipocas de um gole de porto e que nunca vai terminar… eternamente guardado em sorrisos trocados e gargalhadas perdidas pelos recantos escuros desta negra cidade que é Coimbra. Caminhamos juntos a invocar velhos sonhos e desejos… reprimidos, talvez, mas nunca esquecidos…
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
(…)
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
António Gedeão
Os problemas não acabam, mas pelo menos desaparecem…
3 Comments:
Eu tenho um nome para esse mundo. Chamo-lhe Infância. É tao bom poder voltar à infância, nem que seja por um momento, sabendo o que é viver sem ser nela. Porque é assim que melhor a saboreamos. Porque, no fundo, a simplicidade é o melhor de tudo . . . .
Esses momentos enviam-nos para bem longe, para onde a luz se confunde com as estrelas, para onde o chão se confunde com o céu, para onde os momentos se confundem com eternidades...
...porque tudo é demasiado vago, demasiado simples.
...e não sabe bem enviar-nos para lá?
Só por uns momentos... daqueles que parecem horas.
"Ser poeta é ser mais alto..."
não pares de escrever. abraços
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