Silêncio
Sento-me na minha cama ainda desfeita. O quarto está embebido no mais profundo silencio, acalma-me os sentidos, massaja-me a alma…
Subitamente um murmúrio gélido faz arrepiar o meu corpo, um som metálico e repetitivo ganha intensidade, esta banda sonora malévola crescente apodera-se do meu quarto. Estupefacto tento perceber a fonte de tal arrepiante melodia… os sons, horríveis, monocórdicos, murmúrios, ganham intensidade, crescem exponencialmente, tornaram-se insuportáveis! Sinto-os na minha cabeça… dói-me! Uma dor insuportável, ruído, barulho, diálogos, frases soltas, gritos, imagens, mortos, mundo, vida, sangue, amigos, violência, amor, arrogância, ideias… o meu coração bate aos pulos como que se quisesse libertar-se do meu corpo em estranha queda num precipício sem fim.
Sentimentos, imagens, sons passam em flash na minha cabeça. Dói, não aguento… a minha cabeça vai rebentar!...
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhahhhhhhhhhhh
Um grito surdo sai das profundezas do meu ser, ecoa pelo quarto vazio…
Os ruídos estranhos cessaram…
Fico na expectativa, sinto novamente o silêncio do quarto, ouço o meu coração ainda a bater forte… os ruídos pararam…
Olho em volta desconfiado, está tudo no seu devido lugar, estático. Suspiro…
Do nada parece-me ouvir novamente um ruído de fundo, um fervilhar de emoções, imagens e sons assola-me novamente o cérebro … não aguento!
Sem pensar, ligo a televisão…
Os ruídos estranhos pararam…
Ouve-se apenas o som mono vindo da televisão, o quarto continua igual…
…
Viva o aparelho que mudou o mundo, que nos comeu o cérebro e que impede a nossa alma de falar … estamos em vias de perder a identidade que temos, ao sabor de ruídos, não nossos, mas de uma sociedade que nos molda como animais prontos para abate…
Subitamente um murmúrio gélido faz arrepiar o meu corpo, um som metálico e repetitivo ganha intensidade, esta banda sonora malévola crescente apodera-se do meu quarto. Estupefacto tento perceber a fonte de tal arrepiante melodia… os sons, horríveis, monocórdicos, murmúrios, ganham intensidade, crescem exponencialmente, tornaram-se insuportáveis! Sinto-os na minha cabeça… dói-me! Uma dor insuportável, ruído, barulho, diálogos, frases soltas, gritos, imagens, mortos, mundo, vida, sangue, amigos, violência, amor, arrogância, ideias… o meu coração bate aos pulos como que se quisesse libertar-se do meu corpo em estranha queda num precipício sem fim.
Sentimentos, imagens, sons passam em flash na minha cabeça. Dói, não aguento… a minha cabeça vai rebentar!...
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhahhhhhhhhhhh
Um grito surdo sai das profundezas do meu ser, ecoa pelo quarto vazio…
Os ruídos estranhos cessaram…
Fico na expectativa, sinto novamente o silêncio do quarto, ouço o meu coração ainda a bater forte… os ruídos pararam…
Olho em volta desconfiado, está tudo no seu devido lugar, estático. Suspiro…
Do nada parece-me ouvir novamente um ruído de fundo, um fervilhar de emoções, imagens e sons assola-me novamente o cérebro … não aguento!
Sem pensar, ligo a televisão…
Os ruídos estranhos pararam…
Ouve-se apenas o som mono vindo da televisão, o quarto continua igual…
…
Viva o aparelho que mudou o mundo, que nos comeu o cérebro e que impede a nossa alma de falar … estamos em vias de perder a identidade que temos, ao sabor de ruídos, não nossos, mas de uma sociedade que nos molda como animais prontos para abate…
3 Comments:
nós somos cordeiros oferecidos para o sacrifício por lobos esfaimados e desprovidos de qualquer senso de misericórdia
lembras-te desta, puto?!
é vdd essa caixa estranha rouba-nos cada vez mais a identidade... e a forma de pensar... ms sera que sabiamos viver sem as noticias constantes que somos bombardeados.
consciencia...
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